Decidir tirar o filhotinho fofo e carismático da gaiola de uma loja de animais pode ser mais importante do que realmente parece. Aquele animal pode viver anos na família, então, devem ser levados vários critérios em conta. Alexandre Rossi, o "Dr. Pet", explica que não é o pelo mais longo e lisinho, o focinho mais curto ou a orelha mais bonita que devem ser considerados. "Tem que escolher o bichinho certo, porque depois não dá para devolver e tem cachorros que vivem 20 anos", disse.
A primeira coisa a fazer, segundo Rossi, é analisar a família e o espaço disponível para o pet. Não dá para colocar um São Bernardo em um apartamento, famílias com criança devem preferir raças mais calmas e quando o animal passará o dia sozinho é importante escolher um pet que seja menos dependente, explicou o profissional.
"O dono não deve satisfazer o instinto maternal com o animal, tratar o pet como um neném, ele não pode ficar sem limites", alertou Rossi. Segundo ele, se o animal é criado cheio de mimos, quando ele é contrariado, sofre. "Isso faz muito mal para o cachorro, ele não entende o porquê antes tinha tudo e de repente parou de ter", explicou.
Apesar de as recomendações dos veterinários serem para não permitir que o animal saia de casa nos primeiros meses de vida, Rossi aconselha o contrário. "É preciso socializar o cão nos primeiros três meses, apresentar o mundo, as pessoas, para ele aprender em quem confiar e a ter medo", disse ele. O especialista ressaltou a importância dos cuidados para evitar que o animal adoeça neste processo.